quinta-feira, setembro 26, 2002
É engraçado como numa turma de amigos
com o passar do tempo as conversas que
mais duram são aquelas em que o veneno
escorre solto. Onde você fala mal de coisas
que algum amigo seu fez ou falou.
Algumas vezes é legal só reparar na cara
das pessoas enquanto elas falam mal.
Elas fazem aquela cara de quem está fazendo
uma safadeza ou sendo muito esperto.
Os olhinhos até brilham.
Mas no fundo é uma coisa gostosa de se fazer.
Não está apenas se falando mal de amigos seus,
muitas vezes você está lembrando coisas que
aconteceram, ou entendendo (muito tempo depois)
algumas coisas.
O Legal é que você percebe que todo mundo
tem um lado mais malvado.
O meu pessoal já adotou a lavação de roupa
suja, e estamos pensando, até mesmo, em
criar um grupo de emails só para poder falar
um pouquinho mal durante a semana, quando
não pudermos nos encontrar (hehehe).
Vamos lá, extravasem vocês também os seus
problemas de cada dia. É para isso que
estamos aqui.
É Benigno?
Me cansei.
Do que adianta você dizer para uma pessoa
parar de fumar?
A resposta varia sempre um pouco, dentre
estou tentando, até deixa eu fazer a
única coisa que me da prazer.
Mas a pior de todas é eu sei que eu vou morrer,
não vai ser o cigarro que vai me matar.
E ai chega o filho da mãe e me tem câncer
no pulmão e você nem rir da cara dele pode.
Tem de ficar comportado, e ajudar na luta do
cara, tudo porque ele decidiu ser burro.
E você ainda sofre junto.
Me cansei.
Do que adianta você dizer para uma pessoa
parar de fumar?
A resposta varia sempre um pouco, dentre
estou tentando, até deixa eu fazer a
única coisa que me da prazer.
Mas a pior de todas é eu sei que eu vou morrer,
não vai ser o cigarro que vai me matar.
E ai chega o filho da mãe e me tem câncer
no pulmão e você nem rir da cara dele pode.
Tem de ficar comportado, e ajudar na luta do
cara, tudo porque ele decidiu ser burro.
E você ainda sofre junto.
quarta-feira, setembro 25, 2002
CaCa
Como é interessante a coloração da meleca de nariz, não é?
Variando ( assim como o catarro) do transparente ao verde.
É verdade que, em algumas vezes, ela sai vermelha, mas isso
só ocorre quando tem algum sangue junto.
Temos dois outros aspectos importantes quanto a sua
coloração. O primeiro é quanto a saude. Se o ranho está
transparente, vc pegou a gripe a pouco tempo. Até está bem.
Se o ranho está branco, a coisa está um pouco mais séria,
mas não é nada pra ficar indo à médicos. Agora se a cor está
verde tudo está pior, provavelmente,
dores pelo corpo já puderam ser notadas, e um febrezinha.
Se chegou ao amarelo, a coisa
está séria. Talvez seja o caso de ir ao hospital se tratar. O hospital
só passa a ser a coisa mais inteligente a se fazer, quando o ranho
começa a sair vermelho.
A segunda coisa importante sobre a cor vem pelo paladar.
Quando a cor é branca, ou transparente, o gosto é normalmente
salgado.
Porém, conforme as cores vão se dirigindo para o crítico,
o sabor vai indo para o amargo, deixando uma sensação ruim
por toda a boca e garganta.
Como vocês puderam perceber, a meleca é importante.
Estou até pensando em escrever uma "Óde a catota".
Como é interessante a coloração da meleca de nariz, não é?
Variando ( assim como o catarro) do transparente ao verde.
É verdade que, em algumas vezes, ela sai vermelha, mas isso
só ocorre quando tem algum sangue junto.
Temos dois outros aspectos importantes quanto a sua
coloração. O primeiro é quanto a saude. Se o ranho está
transparente, vc pegou a gripe a pouco tempo. Até está bem.
Se o ranho está branco, a coisa está um pouco mais séria,
mas não é nada pra ficar indo à médicos. Agora se a cor está
verde tudo está pior, provavelmente,
dores pelo corpo já puderam ser notadas, e um febrezinha.
Se chegou ao amarelo, a coisa
está séria. Talvez seja o caso de ir ao hospital se tratar. O hospital
só passa a ser a coisa mais inteligente a se fazer, quando o ranho
começa a sair vermelho.
A segunda coisa importante sobre a cor vem pelo paladar.
Quando a cor é branca, ou transparente, o gosto é normalmente
salgado.
Porém, conforme as cores vão se dirigindo para o crítico,
o sabor vai indo para o amargo, deixando uma sensação ruim
por toda a boca e garganta.
Como vocês puderam perceber, a meleca é importante.
Estou até pensando em escrever uma "Óde a catota".
terça-feira, setembro 24, 2002
Geração Cabeça Gorda
Algumas vezes me dá raiva. Outras me desperta o riso.
Mas, normalmente, me sinto angustiado. Uma angustia
sem tamanho, sem medidas, que de certa forma, apenas
ora para o futuro.
Independente do sentimento, sempre me pergunto:
Como foi que a maconha entrou tão fácil em nosso dia a
dia?
Parecia que havia uma barreira intrasponível dos nossos anos
60 para os dias atuais. Da época da libertação para a época dos
retardados e seus risinhos afetados.
Não percebi enquanto a maconha se infiltrava, lenta, por entre
meus amigos, até que 80% a consumisse como leite, ou, em
alguns casos mais radicais, ar.
Não pode ser mais um mero ato de rebeldia, afinal, se rebelar
contra o que? Está muito mais para um ato social, para um
modismo, para se encaixar. Assim, todos tem algo em comum,
não é? Assim, somos todos parte de um mesmo grupo?
Mas as pessoas não reparam que começam a criar espaços cada
vez maiores de um com o outro. Poucas idéias podem ser realmente
trocadas enquanto se esta fumado, e muito pouco é absorvido. Quanto
mais se fuma, mais distante começa a ficar a realidade, afastando assim,
cada um em sua própria realidade.
Outro problema da maconha ( e isto é algo que eu vi acontecer), é o
fato dela abrir caminho, em alguns casos, para outros tipos de drogas
que lesam ainda mais, além de haver, com algumas das outras
drogas, a possibilidade da se morrer.
Mas mesmo com o uso diário da maconha, a pessoa começa a ficar
muito lesada. Muito mais lenta. Muito mais boba.
A rebeldia mesmo, está em não fumar. Está em encarar a vida, sem fugas.
Em viver a realidade, em descobri-la. Mesmo que com isso você tenha
de assistir alguns bons amigos ficando cada vez mais lentos,
cada vez mais retardados, chegando a absurdos pela droga.
Chega a ser desolador pensar que todas as outras gerações foram
conhecidas por coisas boas, por batalhas que venceram e que justamente
a minha seja conhecida como geração cabeça gorda.
Algumas vezes me dá raiva. Outras me desperta o riso.
Mas, normalmente, me sinto angustiado. Uma angustia
sem tamanho, sem medidas, que de certa forma, apenas
ora para o futuro.
Independente do sentimento, sempre me pergunto:
Como foi que a maconha entrou tão fácil em nosso dia a
dia?
Parecia que havia uma barreira intrasponível dos nossos anos
60 para os dias atuais. Da época da libertação para a época dos
retardados e seus risinhos afetados.
Não percebi enquanto a maconha se infiltrava, lenta, por entre
meus amigos, até que 80% a consumisse como leite, ou, em
alguns casos mais radicais, ar.
Não pode ser mais um mero ato de rebeldia, afinal, se rebelar
contra o que? Está muito mais para um ato social, para um
modismo, para se encaixar. Assim, todos tem algo em comum,
não é? Assim, somos todos parte de um mesmo grupo?
Mas as pessoas não reparam que começam a criar espaços cada
vez maiores de um com o outro. Poucas idéias podem ser realmente
trocadas enquanto se esta fumado, e muito pouco é absorvido. Quanto
mais se fuma, mais distante começa a ficar a realidade, afastando assim,
cada um em sua própria realidade.
Outro problema da maconha ( e isto é algo que eu vi acontecer), é o
fato dela abrir caminho, em alguns casos, para outros tipos de drogas
que lesam ainda mais, além de haver, com algumas das outras
drogas, a possibilidade da se morrer.
Mas mesmo com o uso diário da maconha, a pessoa começa a ficar
muito lesada. Muito mais lenta. Muito mais boba.
A rebeldia mesmo, está em não fumar. Está em encarar a vida, sem fugas.
Em viver a realidade, em descobri-la. Mesmo que com isso você tenha
de assistir alguns bons amigos ficando cada vez mais lentos,
cada vez mais retardados, chegando a absurdos pela droga.
Chega a ser desolador pensar que todas as outras gerações foram
conhecidas por coisas boas, por batalhas que venceram e que justamente
a minha seja conhecida como geração cabeça gorda.
Potato Lake.
O pequeno país.
Está certo. Provavelmente, a melhor maneira de traduzir
Largo da Batata fosse 'Potato Large', mas de qualquer
maneira, foi assim que o conheci, e não vou mudar agora a forma
com a qual o chamo.
Este pequeno antro, formado por umas 4 longas quadras, no meio
de um dos melhores bairros de São Paulo, é uma mácula para a cidade.
Assemelha-se um pouco com o centro, mas há dois motivos para
não considerá-lo nem um décimo do que o centro é para a cidade.
O primeiro é o fato de São Paulo ter começado pelo seu centro.
A arquitetura da região nos remete a tempos antigos, há muito mais
classe em seus prédios e casas. O Largo da batata tem apenas uma
arquitetura cafona, tendo como principais casas e prédios os seus
forrós e seus puteiros.
O segundo é que a diversidade do centro não poderá nunca ser comparada
com a do Largo. No centro temos todos os tipos de pessoas, em todas as
situações, e de todos os lugares do país. Enquanto isso, no largo, temos, na
maioria, pessoas arriscando a sorte como vendedores ambulantes, trombadinhas,
vagabundas, ou colocando em outras palavras, The scum.
Talvez, a única coisa que ainda me leve ao Largo, é o fato dele ser uma estação
(ponto final/inicial) de muitas linhas de ônibus da cidade. Mas isso poderia ser resolvido
mudando alguns destes pontos e assim nos livrando desse pequeno pedaço de merda
que deixa um cheiro putrefato em pinheiros.
Patato lake é o lar do desespero.
O pequeno país.
Está certo. Provavelmente, a melhor maneira de traduzir
Largo da Batata fosse 'Potato Large', mas de qualquer
maneira, foi assim que o conheci, e não vou mudar agora a forma
com a qual o chamo.
Este pequeno antro, formado por umas 4 longas quadras, no meio
de um dos melhores bairros de São Paulo, é uma mácula para a cidade.
Assemelha-se um pouco com o centro, mas há dois motivos para
não considerá-lo nem um décimo do que o centro é para a cidade.
O primeiro é o fato de São Paulo ter começado pelo seu centro.
A arquitetura da região nos remete a tempos antigos, há muito mais
classe em seus prédios e casas. O Largo da batata tem apenas uma
arquitetura cafona, tendo como principais casas e prédios os seus
forrós e seus puteiros.
O segundo é que a diversidade do centro não poderá nunca ser comparada
com a do Largo. No centro temos todos os tipos de pessoas, em todas as
situações, e de todos os lugares do país. Enquanto isso, no largo, temos, na
maioria, pessoas arriscando a sorte como vendedores ambulantes, trombadinhas,
vagabundas, ou colocando em outras palavras, The scum.
Talvez, a única coisa que ainda me leve ao Largo, é o fato dele ser uma estação
(ponto final/inicial) de muitas linhas de ônibus da cidade. Mas isso poderia ser resolvido
mudando alguns destes pontos e assim nos livrando desse pequeno pedaço de merda
que deixa um cheiro putrefato em pinheiros.
Patato lake é o lar do desespero.